Presidentes de Sindicatos e Associações, em nova reunião, discutem Lei que amplia área urbana de Tutóia

A reunião aconteceu na manhã da última sexta-feira (25) no povoado Tutóia Velha. Como mostram as imagens a reunião aconteceu debaixo de frondosas mangueiras. Do jeito e com a dificuldade que o povo da roça vive.

Mas não foi o local que tirou a qualidade das discussões apresentadas pelos presidentes dos Sindicatos e Associações da Gleba Santa Clara Comum. Estavam presentes, entre outros, Pedro Costa (Sindicato Rural), Raimundo Monteiro (Sindicato SINTRAF), Elivaldo Ramos (Sind. de Servidores), Manoel Emater (Federação das Associações), Chiquinho Verdinho (Assoc. da Gleba), Cleibe (Associação Tutóia Velha), Representantes da empresa Tutóia Energia Renováveis (que está montando um empreendimento eólico em Tutóia).

Junto de suas assessorias jurídicas os presidentes apresentaram ao povo presente a problemática que será gerada a partir da Lei que amplia a zona urbana do município de Tutóia. De acordo com o que foi exposto a Câmara de Vereadores de Tutóia aprovou um projeto de Lei que autoriza o prefeito a mudar o marco zero de onde deve partir o raio de 6 km de zona urbana. O marco teria sido mudado da Praça Getúlio Vargas para o Bairro Comum. E os presidentes são contra essa determinação.

Para eles o marco deve permanecer onde era de origem, senão as áreas que são rurais passarão a integrar a nova zona urbana e isso vai trazer prejuízos aos lavradores como: não poderão mais ter acesso a crédito rural, terão problemas para aposentar, passarão a pagar IPTU - Imposto Territorial Urbano, não terão a acesso a moradia do Minha Casa Minha Vida Rural. E de acordo com Pedro Costa essas famílias são carentes e não tem condição de pagar uma casa ou IPTU.

O Presidente do Sindicato dos Servidores e Professores de Tutóia, Elivaldo Ramos, disse que com essa nova Lei servidores serão prejudicados a medida que por interesse do governo forem transferidos de suas escolas ou Secretarias onde trabalham. Além disso a nova área urbana só está sendo discutida por muitos dos vereadores para atender a empresários e até mesmo vereadores que tem grandes volumes de terras na área e não para atender ao povo.

Da reunião saiu montada uma comissão que deverá se reunir com o prefeito, com vereadores e com autoridades, bem como encaminhar um documento com as assinaturas dos lavradores pedindo reconsideração do projeto de Lei.

E também será encaminhado documento ao governo do Estado ITERMA - Instituto de Terras do Maranhão para que tome providências.