Sindicato de Servidores Públicos Municipais realiza Ato Público em Alcântara-MA



A presidente do Sindicato, Rowsykléa Araújo Chaves, informou que o Ato foi uma ação contra os desmandos do Prefeito municipal. Segundo ela, “Desde 2013 temos tentado negociar com a administração do Prefeito DOMINGOS SANTANA DA CUNHA JÚNIOR (PT), porém sem sucesso”.
 
A presidente do Sindicato disse ainda que os servidores municipais de Alcântara são obrigados a desempenharem suas atividades sem as mínimas condições, faltam os EPI’s e, além disso, muitos servidores chegam a comprar materiais básicos para poder desempenhar suas atividades laborais, como por exemplo, os operacionais das escolas compram desde a vassoura e água sanitária para a limpeza, os professores compram giz, esponja e outros materiais para a confecção de recursos didáticos. Mas não é só. A população de Alcântara sofre com o descaso, pois não tem um atendimento digno nas secretarias municipais. Vários beneficiários do Bolsa Família reclamam da inoperância da Assistência Social, os programas não funcionam.
 
A cidade está suja, sem a coleta regular do lixo ou capina das ruas. Na saúde a situação é a mais preocupante o município passa por uma epidemia de denguezika e chikungunya e os pacientes nem todos os dias podem contar com atendimento médico, pois alguns deixam o plantão por faltam de pagamento, além da falta de medicamentos, seringas, entre outros, e chega a faltar luvas para os procedimentos. O centro cirúrgico está interditado desde 2013. Os servidores além de não receberem os EPI’s fazem a limpeza do hospital com produtos domésticos e em quantidade muito reduzida.
 
Na Educação a situação não é diferente, desde 2013 o município não cumpre a carga horária definida pela LDB de 800 horas distribuídas em 200 dias letivos, isso porque falta tudo, foram mais de quinze escolas fechadas e alunos transferidos para outras comunidades que acabam não frequentando as aulas devido ao transporte escolar que não é oferecido regularmente. Falta merenda escolar e até água filtrada para os alunos. Diante de toda essa situação a administração se nega a receber a entidade e ainda nos acusa de questões políticas partidárias e pessoais. Desde 2013, foram três paralisações de alerta e um movimento grevista, em todas a justiça concedeu parecer favorável à  administração e contra os servidores e a população.
 
Em 2016, os servidores da Educação decidiram paralisar as atividades e exigir da administração RESPEITO e VALORIZAÇÃO.
 
No dia 01/03/2016, os professores com o apoio da FETRAM/CUT voltaram às ruas de Alcântara, para demonstrar à administração a insatisfação da classe e exigir dos órgãos da justiça a atenção para os problemas na Educação. O Ministério Público Estadual através do Promotor Dr. Raimundo Nonato Leite Filho intermediou a negociação entre o Sindicato, pais de alunos, Conselho Tutelar e a Secretaria Municipal de Educação, ficando decidido:
  1. A retomada da reforma em caráter de urgência da Escola Municipal Inácio de Viveiros Raposo;
  2. A realização de reparos, e aquisição de todo o material necessário para todas as escolas da zona rural, para início do ano letivo 2016 em 14/03/2016;
  3. O aumento de 11,36% referente ao Piso Nacional, com pagamento retroativo a janeiro/2016;
  4. Reunião no dia 10/03/2016, para retomada dos trabalhos de reformulação do PCCS-Magistério;
  5. Quanto aos recursos do FUNDEB/2015, será marcada nova reunião para a apresentação de dados sobre a utilização e verificação de sobra para o possível pagamento de ABONO.
  6. O abonamento das faltas de todos os professores referente ao período de 22 a 25/02/2016 e restituição dos valores na folha de pagamento de março/2016;
Além de outros pontos que constam de um documento.

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